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CADEIRA 8B: Luiz Augusto Casulari Roxo Mota

Currículo:

Nasceu na cidade de São Geraldo-MG, em 29 de abril de 1948. Filho de Laura Casulari da Motta e Luiz Roxo da Motta. Graduou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais, em 1974.

Fez residência em clínica médica no Hospital de Base do Distrito Federal, Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (1975-1976). Especializou-se na Scuola di Specializzazione in Endocrinologia Sperimentale, Università degli Studi di Milano, Itália (1983-1985); concluiu mestrado em clínica médica, na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília em 1990; cursou doutorado em scienze endocrinologiche e metaboliche, Universitá degli Studi di Milano (1990-1994).

Trabalhou como médico da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal de 1977 até 2004 quando se aposentou. Médico da Fundação Universidade de Brasília de 1977 até 2014. Exerce medicina privada como endocrinologista na Clínica de Neurologia e Endocrinologia (Clinen) desde 1998 com experiência no campo de deficiências hormonais.

Atuou como docente da Escola Superior em Ciências da Saúde, Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, Brasília, DF de 2002 até 2004. Foi professor requisitado de Endocrinologia, na Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade de Brasília de 1986 até 1990. Foi orientador do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, desde 1995, do mestrado profissional da Fundação de Ensino e Pesquisa (Fepecs) da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal desde 2013, e orientador do Programa de Pós-Graduação em ciências médicas da Universidade de Brasília até 2015.

É um dos autores do livro Hipogonadismo Masculino no Jovem. Elaborou os seguintes capítulos de livro: Síndrome da Secreção Inapropriada do ADH, do livro Endocrinologia Feminina e Andrologia, Editor Ruth Claplauch, Rio de Janeiro, Ed. Guanabara Koogan, 2016; Atitude Racional e Científica do Clínico Diante dos Novos Fármacos, do livro Endocrinologia Clínica, Editor Lucio Vilar, Ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2016; participou da elaboração do Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília, organizadores Walquíria Quida Salles Pereira Primo, Frederico José Silva Corrêa e Jean Pierre Barguil Brasileiro, Editora Luan Comunicação, Brasília, 2017; A Prática da Medicina Ambulatorial, do livro Cardiologia Clínica, autores e organizadores: Augusto de Marco Martins e Nasser Sarkis Simão, Editora Manole, Barueri (2017); Hipertiroidismo e Hipotireoidismo, do livro Condutas em Obstetrícia, autores e organizadores: Lucília Domingues Casulari da Motta, Elenice Maria Ferraz, Alberto Moreno Zaconeta, Medbook Editora Científica, Rio de Janeiro, 2007.

Dentre seus artigos publicados com outros autores, citam-se: Luteinizing Hormone Beta-Mutation Induces Hypogonadism in Men and Women, The New England Journal of Medicine, 2007; Polycystic Ovary Syndrome and Hyperprolactinemia Are Distinct Entities, Gynecological Endocrinology, 2007; Differential Diagnosis and Treatment of Hyponatremia Following Pituitary Surgery, Journal of Neurosurgical Sciences; Factors Released by Rat Type 1 Astrocytes Exert Different Effects on the Proliferation of Human Neuroblastoma Cells (SH-SY5Y) in Vitro, Endocrine-Related Cancer, 2000.

Sua pesquisa mais relevante foi realizada como orientador do doutorado de Adriana Lofrano Alves Porto, médica, do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade de Brasília, cuja tese defendida em junho de 2007 teve como título Novos Aspectos do Hipogonadismo Hipogonadotrófico Seletivo: Avaliação da Esteroidogênese Gonadal na Deficiência de FSH e Análise do Gene LHb na Deficiência de LH.

Foi editor geral da revista Brasília Médica, órgão de divulgação científica da Associação Médica de Brasília, ISSN – 0524-2053 – de 2004 até 2014.

Recebeu diploma de Honra ao Mérito concedido pela Câmara dos Vereadores da cidade de São Geraldo-MG (2006). Recebeu a medalha Mérito Alvorada, concedida pelo Governo do Distrito Federal, em 2010. Foi homenageado por médicos residentes e por preceptores do Hospital de Base do Distrito Federal, em 2010, por sua dedicação e por seu trabalho em prol da pós-graduação (residência médica) do HBDF e no âmbito geral da Secretaria de Estado da Saúde. Foi homenageado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Regional do Distrito Federal, em 2010, por suas relevantes contribuições à pesquisa em endocrinologia. Foi também homenageado pela Associação Brasiliense de Médicos Residentes, em 2011, por sua dedicação e por seu empenho prestados à residência médica do Distrito Federal. Em 2013, recebeu o prêmio Pesquisa em Medicina, concedido pelo Sindicato dos Médicos do Distrito Federal.

Lista como momentos marcantes da sua vida a criação de uma biblioteca pública em São Geraldo, MG, onde nasceu, que recebeu o nome de sua mãe — Biblioteca Pública Municipal Professora Laura Casulari da Motta, e o fato de ter sido um dos fundadores da Associação Brasiliense de Médicos Residentes (1976), e ainda ter sido um dos fundadores do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal, sócio número 18.

Considera sua melhor realização profissional ter conseguido unir a atividade médica principal com a pesquisa em medicina.

Descreve o caso que mais o impressionou entre seus doentes. No segundo ano de residência médica, no Hospital de Base do Distrito Federal, assistiu uma mulher com cerca de 60 anos etários, que tinha doença pulmonar obstrutiva crônica, de origem imunitária, incurável. Ela sabia que logo iria falecer, mas mantinha uma resiliência que muito o impressionou. Disse que doaria seus pulmões para serem estudados para que se pudesse descobrir a cura da doença que a vitimava e ajudar outras pessoas com o mesmo distúrbio no futuro. Havia estima e respeito recíprocos entre Casulari, como médico, e a doente. Por isso, não queria que ela falecesse em seu período de plantão. Próximo a esse desfecho, começou a trocar seu plantão, para evitar que fosse o médico que o presenciaria. Contudo, um dos médicos que fazia residência na mesma clínica, teve a notícia de que seu pai havia falecido no dia em que ele estava escalado para o plantão noturno. O único médico disponível para substituí-lo foi Casulari. Passou toda a noite cuidando da paciente para que ela não fosse a óbito. Quando faltavam poucos minutos para que outro residente o substituísse, ela faleceu. Foi um evento que o levou a pensar que o destino é algo traçado e pouco se pode mudar. Não foi feito estudo nos pulmões da paciente porque não houve condição de fazer pesquisa mais aprofundada sobre o caso para mudar o comportamento daquela doença. No entanto, ela deixou o ensinamento de como as pessoas podem encarar a doença de maneira heroica. Conforme declarou Casulari, “aquilo mudou minha conduta futura como médico”. Nesse aspecto, a doente conseguiu o que queria por outros caminhos.

A respeito do que mais o incentivou a ser médico, afirmou que, de fato, pretendia fazer o curso de Biologia para ser professor e pesquisador naquela área. Contudo, em visita a uma exposição pública na Faculdade de Medicina de Juiz de Fora, um acadêmico daquela faculdade, que dava aulas de Biologia no Colégio Academia de Comércio, convenceu-o de que, com o exercício da medicina, poderia ter mais oportunidades para desenvolver habilidades de pesquisa mais abrangentes, além de também ser médico.

Registra que Dr. Paulo Roxo da Motta, pediatra, em Belo Horizonte, falecido em 1983, era seu tio por parte de pai. Foi da mesma turma de médicos formados com Juscelino Kubistchek de Oliveira, que se tornou Presidente do Brasil no período de 1956 até 1960. Dr. Paulo é patrono da cadeira número 3 da Academia Mineira de Pediatria.

CADEIRA 8B: Luiz Augusto Casulari Roxo Mota
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