CADEIRA 4: Paulo Marcelo Martins Rodrigues
Cadeira 4 - DR. PAULO MARCELO MARTINS RODRIGUES
(1933-1989)
Nascido em 29 de dezembro de 1933, em família cearense de bacharéis do direito. Em 1960, foi graduado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Retornou a Fortaleza em 1961 para integrar a orientação do regime de internato da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (FMUFC)
Iniciou sua carreira universitária em 1962, como instrutor de ensino da FMUFC; foi também professor colaborador na Universidade de Brasília (UnB). Foi membro das Sociedades de Gastroenterologia, de Nefrologia e de Cardiologia e teve trabalhos publicados nas áreas do ensino; foi Presidente do Centro Médico Cearense, Diretor no Sindicato dos Médicos e membro da diretoria do Conselho Regional de Medicina do Ceará.
Conceituado por notórios médicos como divisor de águas da medicina cearense, continua a constituir exemplo de mestre e profissional de elevadas qualidades. Por adoção de bases científicas no exercício clínico, introduziu um novo estilo de exercer medicina no Ceará.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva, membro da Academia Cearense de Medicina, publicou o livro Paulo Marcelo Martins Rodrigues, O Divisor de Águas na Medicina do Ceará, em que o homenageia e dá mostras da influência de sua atuação transmitida à classe médica. Ele conceituava saúde como algo dinâmico, como "um momento e um movimento simultâneos de partes interdependentes e indissociáveis", sendo "cada uma delas um organismo que se integra dentro de um sistema uno e total".
Faleceu em 8 de janeiro de 1989, vítima de enfarte fulminante. Muitos médicos seguiram os caminhos trilhados por ele. Seu nome designa a Liga de Medicina Clínica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, bem como designa muitas outras instituições, sobretudo cearenses. Tendo em vista essas considerações, será sempre citado como profissional verdadeiramente dedicado à medicina, como professor modelar e reformador do ensino médico no Ceará. Sua memória permanece presente como aquele que fez história na arte hipocrática entre os cearenses.
(Fonte: Portal de Serviços e Informações do Estado do Ceará)