CADEIRA 40: Ronaldo Mendes de Oliveira Castro
Patrono: Hélio Barbosa Ferreira
1º Ocupante: Frederico Figueiras Pohl
2º Ocupante: Álvaro Valentim Lima Sarabanda (desligado em 2015)
Ocupante atual: Ronaldo Mendes de Oliveira Castro
Currículo:
Nasceu em 14 de setembro de 1932, no Rio de Janeiro-RJ, filho de Jorge Mendes de Oliveira Castro e Cecília Fernandes Figueira de Oliveira Castro.
Graduou-se pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro em 1959. Fez curso de pós-graduação em medicina interna, Hospital dos Servidores do Estado (Ipase), Rio de Janeiro, 1960 e 1961; cursos de especialização em psiquiatria na Escola Profissional de Psiquiatria da Universidade de Madri, Espanha, 1967 e 1968, e na Clínica Psiquiátrica Universitária de Bel-Air, Universidade de Genebra, Suíça, 1968 e 1969. Especializou-se em psicanálise no Instituto de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, Sede-Brasília, de 1970 até 1975.
Como atividades profissionais, trabalhou como médico do Hospital dos Servidores do Estado (Ipase) Rio de Janeiro-RJ, de 1960 até 1962; médico do Primeiro Hospital Distrital de Brasília (1.o HDB) de 1962 até 1970; médico do Banco do Brasil, em Brasília, de 1962 até 1992.
Quanto a cargos de direção, exerceu chefia, no 1.º HDB, da Divisão Médica em 1964; da Unidade de Clínica Médica em 1965; da Unidade de Psiquiatria em 1970.
Quanto à sua participação em sociedades científicas, listam-se: membro titular e didata da Sociedade de Psicanálise de Brasília; membro efetivo e didata da Sociedade Brasileira de Psicanálise e membro efetivo da International Psychoanalytical Association.
Dentre suas apresentações em eventos profissionais, expôs a conferência O Desenvolvimento Emocional da Criança, na I Jornada de Psicologia de Brasília (1974); ministrou a aula inaugural para médicos residentes de psiquiatria, da Unidade de Psiquiatria do Hospital de Base do Distrito Federal, em 2002, sob o tema Breves Considerações Sobre o Funcionamento Mental e apresentou, no XXII Congresso Brasileiro de Psicanálise, no Rio de Janeiro, o trabalho Mente Refém do Corpo: Reflexões Sobre Compulsão e Adição, em 2009.
Publicou como autor ou coautor os artigos: Psiquismo e Robotização, na revista Alter, 1976; Linhas Teóricas e Ideologia da Formação, na Rev. Bras. de Psicanálise, 1995; Uso e Abuso da Transferência, apresentado no XX Congresso Brasileiro de Psicanálise em Brasília, 2005, publicado na Rev. Brasileira de Psicanálise; Compulsão: Distúrbios Alimentares Drogadição, publicado em Fronteiras em Psicanálise, Ed. ExLibris, 2009.
Quanto a uma realização profissional marcante em sua vida, reporta-se ao momento em que introduziu em Brasília (1962), no antigo Primeiro Hospital Distrital de Brasília, hoje, Instituto Hospital de Base, o uso da diálise peritoneal, procedimento que praticara no Rio de Janeiro, no Hospital dos Servidores do Estado (Ipase), Serviço de Nefrologia, chefiado pelo Prof. Jayme Landman
Esse fato relevante está relacionado ao caso que mais o impressionou entre seus doentes. Certa vez, “solicitado a examinar uma paciente internada em hospital particular, que, após o procedimento cirúrgico complementar a um abortamento espontâneo, entrou em coma. Internei-a no Hospital e constatei tratar-se de hepatite e consequente coma hepático. Depois de utilizar todos os recursos médicos da época, sem resultado, resolvemos experimentalmente utilizar, como último recurso, a diálise peritoneal. A solução de diálise não existia em Brasília e era enviada por via aérea do Rio de Janeiro, pelo Prof. Landman. Alguns dias depois do uso da infusão peritoneal, para alegria e surpresa de todos e da família da paciente, esta despertou do coma e recuperou-se progressivamente”.
O que mais o incentivou a ser médico acredita ter sido o fato de seu avô materno, Prof. Antônio Fernandes Figueira, ter sido pediatra e um dos pioneiros da especialidade no Brasil.